O Flecha Loira atuou nove anos como atleta, mas dedicou 53 anos da sua vida ao Coritiba
Em 27 de fevereiro de 1966, Coritiba e Grêmio se enfrentavam no estádio Belfort Duarte, antigo Couto Pereira, pela 1ª rodada do Torneio de Verão. Neste dia, Dirceu Krüger vestiu pela primeira vez a camisa coxa-branca, iniciando uma longa trajetória no Coritiba. O Flecha Loira, apelido que ganhou mais tarde devido a sua habilidade e velocidade em campo, estreou balançando as redes, fazendo o gol do empate do Verdão com a equipe gremista, em 1x1.
“Pode-se dizer que foi paixão à primeira vista, e a recíproca foi verdadeira”. (Livro Eternos Campeões, 2012).
A passagem de Krüger pelo Alto da Glória, foi de muito sucesso. Como atleta, conquistou sete vezes o Campeonato Paranaense, além do título do Torneio do Povo, em 1973. Lembrado com muito carinho pelos colegas dentro das quatro linhas, foi acolhido por todos quando sofreu uma grave lesão, em 1970, que causou uma ruptura nas alças intestinais, que o deixou entre a vida e a morte. Em seu retorno aos gramados, conquistou os quatro últimos títulos estaduais e o Torneio do Povo.
O ponta-de-lança se despediu do campo em 1975, precocemente, aos 30 anos, devido ao alto risco em que se colocava cada vez que estava em campo. Quando anunciou a sua aposentadoria, o então presidente do Coritiba, Evangelino da Costa Neves, o convidou para trabalhar como auxiliar técnico. Durante o período de 1979 a 1997, esteve como técnico da equipe coxa-branca em 185 partidas, sendo o segundo maior treinador da história do Coritiba.
Dirceu Krüger continuou trabalhando durante anos no departamento administrativo do Coxa, se despedindo do Alto da Glória somente quando veio a falecer, em 2019, aos 74 anos, mas deixando um legado que será lembrado para sempre. #KrügerEterno