No estádio de futebol, quando um gol é comemorado, muitas vezes nem sabemos quem é a pessoa que acabamos abraçando ao lado. Um misto de perfis e tipos que compõem uma só torcida em busca de um objetivo único: ver seu time ganhar.
Não importa quem é, qual a profissão, nem se é baixo ou alto, loiro ou moreno. Muito menos sabemos qual é a religião da pessoa que é torcedora como você e está ali, extravasando os sentimentos no momento máximo de uma partida de futebol, em um momento de confraternização e amizade.
Poucos sabem, mas um dia mundial para buscar a união independente das diferenças foi criado e é celebrado em 21 de janeiro. Esta data leva consigo o título de Dia Mundial da Religião, com objetivo de mostrar que o sentimento de fé é único, seja ele mais diferenciado possível. De acordo com o site da Secretaria de Educação do Paraná, essa data foi criada a partir de 1949, na Assembleia Espiritual Nacional.
Em comemoração ao dia, o coritiba.com.br conversou com quatro sócios coxas-brancas de diferentes religiões. Durante a entrevista, eles destacaram a importância da religião em suas vidas e o quanto apelam a isto na hora dos jogos do Verdão. Independente da religião, todos recorrem às divindades para ver a bola na rede e o Coxa e conquistas em verde e branco.
Confira:
Eugen Braun, 28 anos
Filho de pastor, Eugen nasceu em uma família cristã. Para ele, ser evangélico não é uma religião, mas, sim, um relacionamento com Deus. “Quando eu tinha sete anos, decidi que gostaria de ter esse relacionamento, essa amizade com Deus. E, aos 14, eu me batizei na igreja”, conta.
Apesar de amar o Coritiba, o coxa-branca prefere não misturar religião com futebol. “Quando eu era criança, costumava pedir para Deus não deixar o Coxa perder os jogos”, lembra ele que, atualmente, prefere não colocar o time em suas orações. “Dentro do estádio, não existe religião. Diferentes crenças se unem pelo Coxa”, explica.
Carolina Valéria, 25 anos
Carolina segue a religião Umbanda. Para ela, esta doutrina é um crescimento espiritual que conta com várias etapas de evolução e tem como princípios a paz, o amor e a caridade. Apesar dos pais seguirem o catolicismo, ela decidiu, ainda adolescente, a aderir o pensamento umbanda.
Coxa-branca desde sempre, Carolina assume clamar a ajuda dos orixás antes e durante as partidas do Coritiba e até faz promessa às divindades. “Faço oferendas, acendo velas, principalmente nos finais de ano, e vou no mar agradecer”, confessa ela.
João Maria Rodrigues Stech
João Maria segue o catolicismo e é padre. coxa-branca, sócio e conselheiro do Clube, foi ele quem realizou a missa em comemoração aos 106 anos do Coritiba, no Couto Pereira, no ano passado. No dia do aniversário do Coxa, ele ressaltou a importância de agradecer a Deus por mais um ano de Coritiba.
“É muito importante na celebração do aniversário do clube termos um culto e colocarmos Deus em primeiro lugar. Foi muito animado e esperamos celebrar assim os 107 anos do Coxa", disse na ocasião.
Murilo Basso, 26 anos
Murilo é adepto ao espiritismo. “A mim, funciona como um auxílio para o autoconhecimento. Tende mais para uma ciência que trata da natureza, origem e destino, bem como nossas relações com o mundo corporal, e não apenas como um dogma fechado ou restrito apenas a cultos e afins”, explica.
Torcedor coxa-branca e sócio da arquibancada, ele acha válida a relação entre religião e futebol e confessa que acaba pedindo intervenção divina quando as coisas não andam bem no Coritiba.
Para ele, fazer promessas, por exemplo, em troca do sucesso no campo esportivo é consequência da paixão por um time de futebol. “Se não extrapolar limites e não prejudicar terceiros ou a si mesmo, não há problema nenhum”, opina.
Religião em campo
Este misto de fé e religião vai além das arquibancadas. No Coritiba, a organização de cultos pelos próprios jogadores já é tradição. O primeiro deste ano foi na última segunda-feira (18), durante a pré-temporada em Foz do Iguaçu. O meia Alan Santos registou o momento em uma de suas redes sociais.
"Não costumo falar que eu sou evangélico, eu costumo falar que eu sou cristão, que é um
seguidor de Cristo. Eu cultuo a Jesus, pois, a salvação vem através dele. Então, é isso que eu vivo e é isso prego", explica.
No culto dos jogadores, não há acepção de crédulo. Todas as religiões são bem-vindas, conforme explica o meia: "Jesus não faz acepção de pessoas. Se é feio ou bonito, rico ou pobre. Então, quem quiser participar, o culto, é aberto para qualquer um, não só aqui na concentração” explica.
Além deles, suas esposas também costumam se reunir para a promoção de cultos em suas próprias casas.
Se a diversidade é grande entre os jogadores, o sentimento de união é sempre presente, principalmente em momentos de dificuldades, quando todos se apegam a uma força maior, seja ela qual for e lutam por um objetivo único.
No estádio de futebol, quando um gol é comemorado, muitas vezes nem sabemos quem é a pessoa que acabamos abraçando ao lado. Um misto de perfis e tipos que compõem uma só torcida em busca de um objetivo único: ver seu time ganhar.
Não importa quem é, qual a profissão, nem se é baixo ou alto, loiro ou moreno. Muito menos sabemos qual é a religião da pessoa que é torcedora como você e está ali, extravasando os sentimentos no momento máximo de uma partida de futebol, em um momento de confraternização e amizade.
Poucos sabem, mas um dia mundial para buscar a união independente das diferenças foi criado e é celebrado em 21 de janeiro. Esta data leva consigo o título de Dia Mundial da Religião, com objetivo de mostrar que o sentimento de fé é único, seja ele mais diferenciado possível. De acordo com o site da Secretaria de Educação do Paraná, essa data foi criada a partir de 1949, na Assembleia Espiritual Nacional.
Em comemoração ao dia, o coritiba.com.br conversou com quatro sócios coxas-brancas de diferentes religiões. Durante a entrevista, eles destacaram a importância da religião em suas vidas e o quanto apelam a isto na hora dos jogos do Verdão. Independente da religião, todos recorrem às divindades para ver a bola na rede e o Coxa e conquistas em verde e branco.
Confira:
Eugen Braun, 28 anos
Filho de pastor, Eugen nasceu em uma família cristã. Para ele, ser evangélico não é uma religião, mas, sim, um relacionamento com Deus. “Quando eu tinha sete anos, decidi que gostaria de ter esse relacionamento, essa amizade com Deus. E, aos 14, eu me batizei na igreja”, conta.
Apesar de amar o Coritiba, o coxa-branca prefere não misturar religião com futebol. “Quando eu era criança, costumava pedir para Deus não deixar o Coxa perder os jogos”, lembra ele que, atualmente, prefere não colocar o time em suas orações. “Dentro do estádio, não existe religião. Diferentes crenças se unem pelo Coxa”, explica.
Carolina Valéria, 25 anos
Carolina segue a religião Umbanda. Para ela, esta doutrina é um crescimento espiritual que conta com várias etapas de evolução e tem como princípios a paz, o amor e a caridade. Apesar dos pais seguirem o catolicismo, ela decidiu, ainda adolescente, a aderir o pensamento umbanda.
Coxa-branca desde sempre, Carolina assume clamar a ajuda dos orixás antes e durante as partidas do Coritiba e até faz promessa às divindades. “Faço oferendas, acendo velas, principalmente nos finais de ano, e vou no mar agradecer”, confessa ela.
João Maria Rodrigues Stech
João Maria segue o catolicismo e é padre. coxa-branca, sócio e conselheiro do Clube, foi ele quem realizou a missa em comemoração aos 106 anos do Coritiba, no Couto Pereira, no ano passado. No dia do aniversário do Coxa, ele ressaltou a importância de agradecer a Deus por mais um ano de Coritiba.
“É muito importante na celebração do aniversário do clube termos um culto e colocarmos Deus em primeiro lugar. Foi muito animado e esperamos celebrar assim os 107 anos do Coxa", disse na ocasião.
Murilo Basso, 26 anos
Murilo é adepto ao espiritismo. “A mim, funciona como um auxílio para o autoconhecimento. Tende mais para uma ciência que trata da natureza, origem e destino, bem como nossas relações com o mundo corporal, e não apenas como um dogma fechado ou restrito apenas a cultos e afins”, explica.
Torcedor coxa-branca e sócio da arquibancada, ele acha válida a relação entre religião e futebol e confessa que acaba pedindo intervenção divina quando as coisas não andam bem no Coritiba.
Para ele, fazer promessas, por exemplo, em troca do sucesso no campo esportivo é consequência da paixão por um time de futebol. “Se não extrapolar limites e não prejudicar terceiros ou a si mesmo, não há problema nenhum”, opina.
Religião em campo
Este misto de fé e religião vai além das arquibancadas. No Coritiba, a organização de cultos pelos próprios jogadores já é tradição. O primeiro deste ano foi na última segunda-feira (18), durante a pré-temporada em Foz do Iguaçu. O meia Alan Santos registou o momento em uma de suas redes sociais.
"Não costumo falar que eu sou evangélico, eu costumo falar que eu sou cristão, que é um
seguidor de Cristo. Eu cultuo a Jesus, pois, a salvação vem através dele. Então, é isso que eu vivo e é isso prego", explica.
No culto dos jogadores, não há acepção de crédulo. Todas as religiões são bem-vindas, conforme explica o meia: "Jesus não faz acepção de pessoas. Se é feio ou bonito, rico ou pobre. Então, quem quiser participar, o culto, é aberto para qualquer um, não só aqui na concentração” explica.
Além deles, suas esposas também costumam se reunir para a promoção de cultos em suas próprias casas.
Se a diversidade é grande entre os jogadores, o sentimento de união é sempre presente, principalmente em momentos de dificuldades, quando todos se apegam a uma força maior, seja ela qual for e lutam por um objetivo único.