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“O Couto é a minha casa!”
Torcedor coxa-branca mora em Santos há nove anos. Mas, sua casa continua sendo o Couto Pereira
Há 9 anos - 22/02/2015 20:29
“O Couto é a minha casa!”

São seis horas de viagem e uma motivação: o amor pelo Coritiba. Para estar no estádio Couto Pereira, a distância e o cansaço não são empecilhos para o torcedor coxa-branca João Luiz Alves (36), que mora em Santos (SP) há nove anos. Todos os dias ele dribla a saudade do Coxa e sempre que pode acaba dando um jeito de frequentar o estádio.

Neste domingo (22), por exemplo, ele veio a Curitiba apenas por um motivo: assistir ao Atle-Tiba. O jogo começaria as 18h30, mas ele chegou bem mais cedo. 17h ele já estava lá, emocionado, nas arquibancadas do estádio. “Aqui é minha casa. O ar daqui é diferente, é muita emoção poder estar aqui”, disse o coxa-branca. O escudo verde e branco tatuado nas costas e o fato de ser cônsul do Coxa de Santos são exemplos de que este amor é de verdade.

“Aprendi com o meu pai. Ele me trazia aqui desde que eu tinha seis anos de idade. E o amor só foi crescendo. Quando vi, já estava envolvido. Nunca escondi meu amor pelo Coritiba”, explicou ele que, mesmo longe, é sócio do Coxa e sente saudades de estar “em casa”, como define ser o Couto Pereira. “Sinto falta do estádio. É muito complicado pra eu entender como que uma pessoa mora em Curitiba e não vai aos jogos. O que mais me dói por não morar em Curitiba é não poder vir nos jogos”, disse.

Das arquibancadas, Alves acompanhou, de perto, muitas histórias do Coxa. Ele estava ali quando o glorioso conquistou o título brasileiro de 1989 e também em 1990, quando o Coritiba goleou o Atlético em 3x0. “Depois desse jogo, meu irmão, que torcia pro rival, virou coxa-branca”, lembrou. O 2x0 de hoje sobre o Atlético é mais um jogo que vai ficar marcado na história do torcedor e também provocar saudades.

“Você sente o chão pulsar, você sente o chão balançar embaixo do seu pé. Eu sinto muita falta disso”, lamenta. Ainda hoje o O torcedor vai pegar a estrada sentido Santos. Ele já está contando os dias para o próximo jogo e também para levar sua filha de apenas um ano e meio pro Couto. “Ela já é coxa-branca com certeza. Não vejo a hora de trazer ela aqui pra torcer comigo!”, brincou o pai torcedor.